Mas, com o intuito de reverter essa situação, um grupo de deputados colocou em consulta pública, na última segunda-feira (4/7), uma nova proposta para punição e crimes online.
Vale destacar que, há 12 anos, já existe um projeto de lei (o PL 84/99) sobre o mesmo assunto, elaborado pelo senador Eduardo Azeredo, que tem recebido uma série de críticas pelo fato de alguns considerarem que ele pode ameaçar o direito à privacidade dos cidadãos.
Assim, o novo documento apresentado nesta semana tem como principal bandeira a garantia de sigilo das informações dos internautas. A proposta alternativa foi elaborada por seis deputados: Paulo Teixeira (PT-SP), Luiza Erundina (PSB-SP), Manuela D'ávila (PCdoB-RS), João Arruda (PMDB-PR), Brizola Neto (PDT-RJ) e Emiliano José (PT-BA).
E ela deve permanecer em consulta pública no e-Democracia, para receber sugestões da população em geral, até que o anteprojeto de lei que trata do marco civil da internet seja enviado pelo governo ao Congresso. O marco civil trata dos direitos e responsabilidades dos usuários e provedores.
A previsão do Ministério da Justiça, que promoveu consulta pública sobre a matéria, é de que o projeto seja enviado até o final desta semana à Câmara. Os deputados que prepararam a nova proposta explicam que os crimes só poderão ser definidos após a aprovação do marco civil, que prevê os direitos e responsabilidades dos internautas. “É impossível pensar em punição sem antes pensar em direitos”, disse a deputada Manuela D’ávila, segundo notícia veiculada pela Agência Câmara.
A nova proposta tipifica crimes cometidos na internet que não estão previstos na legislação brasileira, como roubar senhas e destruir dados. Mas ele não exige que os provedores guardem informações de conexão do usuário, o que representa a principal diferença entre o projeto de lei apresentado anteriormente, por Eduardo Azeredo, o qual determinava o armazenamento desses dados por um prazo de três anos.
Os deputados autores da nova proposta são os mesmos que, na semana passada, conseguiram adiar a votação do PL 84/99 na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. Emiliano José aprovou a realização de nova audiência pública para discutir o assunto, em 13 de julho, com a presença de professores e ativistas da internet livre, além de representantes do Comitê Gestor da Internet (CGI.br), do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e de empresas de tecnologia.
Crimes previstos na proposta alternativa, que está em consulta pública desde 4/7:
- Invasão da rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado sem autorização do seu titular, com o fim de obter vantagem ilícita;
- Utilização, alteração ou destruição de informações obtidas ou causar dano ao sistema informatizado;
- Inserção ou difusão de código malicioso, intencionalmente, em dispositivo de comunicação, rede de computadores ou sistema informatizado, sem a autorização de seu legítimo titular.
- Utilização, alteração ou destruição de informações obtidas ou causar dano ao sistema informatizado;
- Inserção ou difusão de código malicioso, intencionalmente, em dispositivo de comunicação, rede de computadores ou sistema informatizado, sem a autorização de seu legítimo titular.
Fonte: OLHAR DIGITAL.
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vai punir nada,, continua a mesma merda!
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